20 de abril de 2012

Na Clareira da intuição


Escuto vozes, umas num subtil e silente ato, outras nem tanto. Parecem ferir meus ouvidos pela estranha forma que se manifestam. Embora numa atitude de boa-fé e com o intuito de me albergarem num confortável leito, deveriam se exprimir noutros moldes mais aristocratas.
O facto de serem vozes internas que brotam das profundezas do meu ser, não lhes dá o livre arbítrio de me desengonçar como que se de uma tempestade de vento se tratasse.
Esta intuição de que falo, provoca em mim estados dúbios. Ecoa a incerteza da veracidade de minhas vozes interiores, desviando o rumo de meus pensamentos do curso do imenso caudal que avisto. Minha função é jamais desvalorizá-las pois cada uma tem o dom de exalar a perfumada mensagem que está traçada no meu destino, pronta para o carteiro do Universo me entregar neste preciso momento. Agora a dúvida é se elas sussurram o que ambiciono ouvir, em tom de sonho disfarçado ou se as suas estranhas vestes apresentam as reais e límpidas cores desta água do rio.
Tem dias que a clareza mental é tão resplandecente, que me proporcionam a euforia do sabe tudo. Um banho de pensamentos de luz despertam cada pedaço de mim, cada célula, cada olhar com a alegria de considerar-me um caminhante percorrendo com exatidão os trilhos da minha vida.
Observo quieta este enlace de certezas, uma verdadeira obra de arte desenhada pela entidade suprema que tudo faz na perfeição.
Esta atual e dolorosa batalha que atravesso, expende em mim fendas para um novo despertar. Totalmente consciente que este necessário mas espinhoso crescimento chegou no momento certo da minha evolução como indivíduo que aspira erguer-se em mais uma etapa.
Vida maravilhosa, que nem a dor e o sofrimento consente o desprezo por algo que meus progenitores me ofereceram com tanto amor. Uma vida imensa de dar e receber, de amar e ser amada, de sofrer e de gozar, e principalmente de permitir felicitar-me por cada estádio que aprendo mais uma lição.

20 de março de 2012

Sublime paragem


Subi à sumptuosa torre do Convento e escalei até aos ponteiros do majestoso relógio que a compõem.
Dependurada neles, abonei-lhes o tempo suficiente para que parassem. Cessou o som característico do seu Tic-Tac. Automaticamente foi substituído pelo gracioso chilrear dos pombos que fazem desta torre a sua hospedagem favorita.
Mais estranho me pareceu a paisagem circundante, antes caracterizada pelo burburinho das gentes da terra que se atropelavam, com a corda dos sapatos dotada no seu melhor, rematadas em fantásticas correrias, como quem apressadamente apanha o comboio que ameaça em partir. Num passo de mágica renderam-se a uma doce quietude escutando a relaxante música da Enya,
E num ponto tudo assim começou, silenciosa e disfarçadamente o mundo nos mostra que a ordem do momento é obrigatoriamente parar.
A grande crise mundial está muito além de uma crise económica, é antes de mais uma grande revolução de mentalidades e de valores.
As horas de trabalho já sufocavam qualquer cidadão, o acordar de madrugada e o regressar a casa a altas horas da noite, tocados pelo cansaço extremo, direcionavam qualquer um a aquietar-se apenas quando se permitissem deslizar pelo acolhedor cheiro a lençóis.
Fora agora substituído pelo trabalho da manhã que em poucas horas já se presenceia altamente concluído. O da tarde, esse que se estendia após o término do horário estipulado, jamais dá direito a horas extras de suor e sem a concernente remuneração adicional.
As ruas e avenidas constantemente repletas de ruidosas viaturas das mais variadas cores e cilindradas, avistam-se paradas junto aos passeios a contar as horas para chegar a casa, outras já nem se aventuram a sair das próprias garagens, trocadas algumas delas pelos mais económicos mas não menos enfadonhos transportes públicos.
As lojas repletas de filas deram lugar a salas de convívio entre funcionários, que anseiam desesperadamente a visita de um potencial cliente, a fim de arremessar para bem longe a escura nuvem do pesadelo que os atormenta, intitulado de falência.
O telefone rouco de tantas conversas, negócios, pedidos disto e daquilo, cala-se timidamente a aguardar que outro fale por ele.
De madrugada adentro brilha diariamente o sol despertino, sorrindo e motivando os trabalhadores para mais um dia de trabalho, com a expectativa de que hoje será melhor que ontem. De pequeno-almoço na mão em chávena almoçadeira, sorvem-se esperanças de que vale a pena a luta e que venceremos os nebulosos dias de futuro mórbido.
O cheiro a defunto no magricela local de trabalho contrasta com a frescura da paisagem circundante. Comtemplar as árvores e teimosamente deliciar-me com o pôr-do-sol, são as migalhas que junto como certas após mais um dia de trabalho que fenece.
Sem dó nem piedade, tudo permanece com um enervante nervosismo em cada colega que me cruzo, disfarçado de leiga tranquilidade ordenada no poeirento arquivo morto, não classificada pelo suor de tantos dias, mas por saudades daqueles tempos de queixumes bobos, por se querer valorizar insignificantes atitudes encontradas no lixo do nosso quotidiano.
Abraçada a uma fé sem limite, vale a pena contracenar estes tempos difíceis com a clareza de quem consegue viver de alma limpa e sabedoria perspicaz.
Uma nova vida engole a descartável vivência ao redor de valores materiais, em que se suponha tudo se comprar com a facilidade de uma respiração, desde o conforto físico ao emocional. Perdera-se o controle, nos afastamos da assência.
Se educava lado a lado com a palavra dar em detrimento da palavra estar. Estar presente, educar com sublimes palavras e amor, algo que jamais se encontra à venda.
Novos tempos de dolorosas e drásticas alterações nos estremecem do confortável modo de vida, jorrando um mar de tristeza de nossos corações. Há que olhar com mestria aos novos tempos e sugar deles o aroma dos novos conhecimentos que têm a proeza de nos elevar à categoria de novos seres.
Parar sim, para nos permitir refletir e olharmos com atenção para o novo mundo que nos espera.
A dor da mudança será atempadamente tratada com o elixir dos grandes valores morais que há muito asfixiavam da falta de atenção por parte da maioria dos seres de deambulavam sem rumo pela vida á espera de encontrar tudo aquilo que já têm dentro deles desde o seu nascimento.

2 de março de 2012

Sal e Pimenta


 
Degustei o sabor ocre do condimento de uma amizade que não se descortina fúlgida.
Presa a outra mão como uma estaca que jamais se separa, revela-se um amigo trilhando seus passos ao som do Outro.
O Pimentinha como eu lhe chamo, não consegue eternizar-se sem o aroma do sal. Viver sem ele, coibindo seus movimentos perfeitos se enlaçassem nos seus emancipados ideais. Entregando o gélido túmulo a uma toxicodependente autoestima.
Teu ofuscado brilho coabitado na dependência ao outro, impede-te de arear a livre visão de te orgulhares por seguir o teu caminho.
Um caminho perfeito traçado só para ti, único ao teu crescimento. Renegando como renegas teus amigos, só um para ti vale. Só a esse segues escrupulosamente as pegadas, cego de viver na tua plenitude.
Deturpas o conceito de Amizade. Ser amigo é ser, e não deixar-se ser. É ir mesmo quando mais ninguém quer ir. È gostar quando mais ninguém gosta.
Tomar o paladar e saborear tranquilamente uma deliciosa pimenta sem a subordinada necessidade de adicionar o sal.
Magoas quem te ama. Por dependência doentia que inflama qualquer coração ardente de amor por ti. Dás asas a qualquer amigo a tomar a rédea e voar para longe dessa ambígua pessoa que és, encontrando a paz no outro canto do mundo.
Uma só palavra basta para por termo à tua amizade supérflua, temperada com aromas insólitos que não se interligam. Apenas o sal permanece inalterado. Todos os outros que vivem ao seu redor dão o agridoce à vida consoante a quantidade e a disponibilidade física e emocional.
Desde sempre temperaste meu carinho com sopros de amabilidades. Como verdade que só o tempo fortifica, e a certeza reluz em minha alma.
Mereço mais apreço, meu coração sufoca, e não se sustenta de bolorentas migalhas. No vocabulário de meus dias o verbo esperar soou unicamente na data antecedente ao meu nascimento. Cansei dos sons nebulosos dessa ilusória espera.
Esperando que os outros venham para vires. Esperando que os outros gostem para gostares. Pensando por mim, gostaria de te ensinar a fazer o mesmo, antes que o tempo, esse senhor que tudo trás e tudo leva, anule a pessoa de quem dependes para Ser, Gostar e Amar.
Olha-te ao espelho e vê como sozinho a Tua esplêndida Luz brilha mais forte.
Permite-te viajar pelo teu imenso mundo interior e conhecer-te. Redescobre-te, renasce e recria a tua própria história. Livre de opiniões alheias e de gostos extrínsecos.
Porque só serás verdadeiramente Feliz quando conseguires ser Tu Próprio.

14 de fevereiro de 2012

Eterna namoradeira


Abrindo a asas do meu coração voo livremente pelo mundo do amor. Glorifico a vontade de namorar. Não só hoje no excelso dia de S.Valentim, mas todos os dias. O meu desejo momentâneo de hibernar jamais contempla namoriscos.
Todos os dias há um ensejo especial reservado ao namoro, tem dias que namoro um pouco de mim, tem dias que arrulho meu amor, meus sobrinhos, minha mãe, meus amigos. Outros dias meu coração corteja meus gatos, meu desporto, minhas flores, minhas artes, minha escrita.
Namoro tudo que amo e tudo que prezo como vital na minha vida. Namoro a verdade, a sinceridade, a minha transparência e a dos outros.
Tem momentos que me derreto a enamorar o por do sol, a natureza, as crianças ou o gesto mais subtil, enfim, que mais posso namorar senão o melhor da vida?
Porquê pensar no namoro apenas por dois seres do sexo oposto?
Se há tanta coisa para namorar, para desfrutar com amor imenso.
Porque namoro é: quando um olhar toca no meu e me estremece. Quando um cheiro invade meu olfacto e penetra em meu corpo. Quando uma música embala meu ouvido e me faz voar. Quando uma atitude ou uma carícia me ascende à coroação de um Ser Maior.
Desde o meu nascimento que namoro a vida. Os altos e baixos não esmoreceram a coragem de a amar cada vez mais. Porque cada derrota dá lugar a um novo caminho, rumo ao sucesso.
È namorando que me rejuvenesço, é namorando que sou feliz e que posso fazer os outros felizes.
Sem namoro as flores do seu coração morrerão desnutrinas de alimento.
Vamos entoar o amor como faziam antigamente as crianças nas Ilhas Britânicas. Louvando com a música das nobres palavras proferidas a cada dia, cantando com salutares gestos e carícias repletas de amor por todos. Porque é semeando que se colhe. E se pão é o alimento do corpo, já o amor é o alimento do coração. De nada vale viver na abundância de alimentos e de bens materiais se empobrecemos no amor de afeição ao próximo.
Viva o dia de S.Valentim em superabundância de afectos por tudo e por todos. E em cada madrugada renove um novo namoro por algo ou alguém.

3 de fevereiro de 2012

Não te conheço



Num cruzamento de olhares e na permuta de singelas palavras, arregacei as mangas na aventura de uma nova partilha que se patenteava aristocrata.
Deixei-me mergulhar naturalmente ao som dos passos que nos acompanhavam. Tudo aconteceu conforme a natureza escolheu, cruzou gratuitamente nossos caminhos.
Tudo começa deste jeito, conhecemos alguém quando menos esperamos. Alguns permanecem do nosso lado, nos despertam, nos valorizam, outros nos deixam perdidos na jornada e rumam em direcção a outros portos.
Indiferentes, enterram para sempre belas palavras trocadas com tanto carisma como se estivéssemos perante o nascimento de uma nova e sublime amizade. Tudo acontece sob um efeito invertido e nos deixam a reflectir. Porque permanecemos com uns e ficamos esquecidos, quase invisíveis aos olhos de outros?
No silêncio de meus pensamentos, anseio despertar em algumas pessoas o carinho e a admiração que elas me causaram.
Há quem chame a esse impulso de atracão, de química, não sei se é, mas de facto parece um íman forte que liga dois metais. Atraem-se uns e repulsam outros sem o menor elo.
Cada criatura é uma autêntica caixinha de surpresas, não conhecemos, criamos uma fotografia, composta da beleza exterior à qual adicionamos comportamentos vitoriosos que de inicio fazem colidir nossos sonhos e nossa criatividade.
O tempo é o nosso maior aliado porque nos dá confirmação que alguns são apenas meros actos que não passaram nem da nossa imaginação, nem do virtualismo de personalidades que se esculpiam artificialmente, ao ponto de dar a entender que seriam um exemplo de criaturas.
Nosso percurso de vida nos permite felizmente colidir também com quem estava a léguas de ser a sólida pedra que construía a mais magestosa amizade. Rompem nossa íris com o microscópico pensamento de ser apenas mais um. Embatemos adormecidos sem nos apercebermos que ali, mesmo do nosso lado está a peça do puzlle que faltava para nos sentirmos completos.
São finais felizes como este que nos enriquecem com a consciência que vale sempre entrar de mergulho na aventura de partilhar um pouco do nosso pequeno mundo com desconhecidos. Vale acreditar que a justiça divina tem o dom de cruzar na hora e no momento certo cada criatura.
Porque sem dúvida alguma, com medos, só desperdiçamos o recurso que temos ao nosso dispor de encontrar verdadeiras pérolas que nos amam, nos preenchem e nos tornam seres mais fortes e iluminados.


30 de janeiro de 2012

Na paz do meu silêncio


Voando céu adentro, rasgo nuvens azuis de um sol despoluído e acerco-me do mais profundo silêncio. É aparatosa a paz que sinto desta união entre mim e a natureza.
Não há mais nada, nada se exclui, nada sobeja. Tudo é perfeito!
É este, um dos silêncios que me acolhe, me embala e me protege dentro de mim. A música sou eu que a toco, o pulsar do coração canta a perfeita melodia que me embala e me eleva à grandeza de me amar.
Esta é a tranquilidade mais aristocrata que me presenteio naquele que condecoro como o melhor estágio que me permito viver.
Mas a consciência não adormece e no seu despertar vou esbarrando com outros silêncios.
Nas destiladas horas de tristeza ecoam dentro de mim gritos mudos que desperdiçam palavras duvidosas. Desabafos contidos e choros desnorteados se reúnem à volta do coração partido de dor. Uma assembleia de quereres discordantes. Parecem muitos, mas olho em volta e apenas vejo os meus “Eu´s” reflectidos. Os que gosto e sorrio, os que quero ver ir embora. Comunicam-se com todos os sentidos, num penetrante silêncio.
Tenho vontade de amordaçar os que desprezo e amarrar delicadamente com as algemas do amor os que me orgulho. Mas desisto silenciosamente e apenas observo. Porque afinal este, sou eu, apreciando ou não.
E os outros?
Sim, os silêncios da saudade. Dos que estão mas não são mais os mesmos, e dos que partiram. Com as malas pesadas do frio tumulo do “não mais voltar” e da bagagem tolhida por outros rumos que os levaram.
O nosso amor permanece intacto, embrulhado pelo pesado silêncio da nostalgia que se deixa por vezes amputar pela vontade de correr atrás.
Encontro ainda outros, sossego e deixo-me desfrutar deles. São afinal tão necessários estes silêncios de introspecção, recheados de uma profunda reflexão. Me ensinam, me respondem às dúvidas e me deixam subir mais um degrau da maturidade.
Estes dão-me as mãos e levam-me com cuidado pelos trilhos do auto-conhecimento e na perpétua estruturação da minha auto-estima.
E ainda existem os condomínios que reúnem extensos edifícios de vidas fúteis, coloridas com descartáveis imagens de beleza, perfeição e riqueza. Sombras de felicidade que abafam silêncios de tristezas profundas jamais reveladas.
Sempre fizeram e sempre farão parte de mim e do meio social em que estou inserida, por essa razão, subsiste a estima em filtrar cada silêncio, vivendo meramente com aqueles que se encaixam na perfeição na construção de um “Eu” melhor e mais feliz.
Tranquilamente esgueira-se ainda a tímida frase: “Palavras para quê, se por vezes o silêncio diz tudo?”

9 de janeiro de 2012

A simplicidade um afecto


Rio acima, seguia eu, nadando no meu barco a remo a desfrutar da natureza, sentindo a tranquilidade em mim como se do útero materno se tratasse. Mas subitamente, as cores garridas do sol deram lugar ao azul acinzentado das nuvens que, de rompante me faziam cara feia, como querendo me assustar. E assustaram mesmo. Uma trovoada acompanhada de uma contínua tempestade de chuva, no impulso de uma respiração, me deixaram à deriva naquele leito de água que subiu quase até ao topo das árvores que circundavam as margens deste encantador rio.
Encontrei-me assim na iminência de um estrondoso naufrágio, sem tempo sequer para me despedir da vida que tanto amo, com golfadas de água já sem controlo a inundarem-me alma adentro.
Quando, quase por milagre, disfarçada de carícia, uma mão me segurou. No vazio existente do espaço que sobrava entre a vida e a morte, a tua luz brilhou mais forte. Fui abençoada por uma segunda oportunidade de vida.
Um quadro perfeito composto por um anjo disfarçado de mulher. Uma mulher única, indescritível, disposta a contribuir para um mundo mais bonito e verdadeiro.
És tu, agora e para sempre a filha que não tive e a mãe que me protege, me mima e deseja-me como a perfeita companhia.
A tua mão amiga, toca-me, segura-me e é uma presença constante junto de mim.
Nada pede e dá, dá mais, muito mais, dá sem limite.
Uma amizade, uma compreensão inalcançável. Qual a missão? Não entendo, não posso entender, não quero entender, só sentir.
Só quero vida, muita vida, para continuar a ver-te crescer tal e qual como és, menina mulher.
E assim nasceu, e assim o criador de todas as coisas, aquele que tudo faz na perfeição e no momento certo, talhou uma singular união entre duas criaturas. Duas gerações diferentes, mas os mesmos gostos, as mesmas vontades, a mesma filosofia de vida.
Mais uma vez a chama vermelha brilhou, no meu coração de amor. Amor pela vida, amor por pessoas como tu, que me completam, me derretem e me fazem sentir abençoada.
Me mostram o quão pequena sou comparada à grandeza deste sentimento.
Deixa-me proteger-te, deixa-me contribuir no que sei e no que sinto como correcto na contínua construção do teu lindo Ser.
Permite-me agradecer (aquela palavra proibida no nosso vocabulário). Mas quero muito, agradecer pelo teu amor, pelo teu carinho, pela tua amizade única, sublime, perfeita.
Construímos juntas uma relação, onde as palavras são sopros, a distância é saudade e os afectos são amor.
Uma amizade pura e desinteressada, em que cada uma quer ofertar mais e mais.
Não me deixaste naufragar nos problemas da vida, deste vida à minha vida e eu aqui estou, renascida do fundo do rio, cada vez mais forte e capaz de demonstrar junto de ti ao mundo que afinal há amor incondicional.
Amor que não tem idade, não tem cultura, não tem definição e que simplesmente é: Amor por Amor!