Na orla violeta de um corpo, aninha-se minha alma, no leito quente deita meu coração, uma longa viagem me permite percepcionar que nada me pertence.
Deste corpo, considero-me meramente usufrutuária. Um estatuto que em nada declina o valor que tem para mim, por essa razão, e sendo ele que acolhe minhas preciosidades o afago com o mesmo carinho que exonero meu maior amigo, permitindo-me flutuar no planeta Terra.
Numa degradação física inevitável, muito há a fazer. Cantando diariamente a melodia de cuidados extremosos, em que cada pauta exulta um som único de comunhão entre o corpo, alma e espírito.
Um Ser, um canal do Universo! Uso minhas armas para dividir com os outros o melhor que tenho, enaltecendo deles a sua sublime grandeza. Porque amigos, essas pérolas do meu reino, são uma fonte inesgotável de constante felicidade quando recebidos de mãos abertas por uns e compartilhados com outros.
Uma imensa ternura social de prazer me permite sentir a pujança do amor entre todas as criaturas.
De meus bens, quando posso, irmãmente desfruto deles, convicta que é repartindo, que o regalo em possui-los é maior. Procuro promover algum desprendimento em prol de enaltecer o bem supremo que explode do “meu Eu” mais profundo, o mar de sentimentos.
Consciente que ambos são necessários, admito instalar um a um hierarquicamente no espectro luminoso do meu universo.
Uma preocupação constante de zelo com a bagagem, para que quando partir vislumbrar-se limpa de resíduos materiais, onerosa de boas acções e de bons momentos. Recheada de partilhas materiais e humanas que fazem vibrar meu coração a cada dia.
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