24 de janeiro de 2011

A BORBOLETA

É com a borboleta que me identifico na totalidade do ser que é na natureza, na sua verdadeira plenitude.
As metamorfoses que ela vive são as metamorfoses que eu vivo, que vivi ou viverei.
Todos os estágios são da máxima importância. Porque afinal todos os seres sem excepção, todos mesmo, têm um único e específico objectivo que é a felicidade.
Temos então que ver as fases que a borboleta passa, quais são as que maior felicidade lhe dá e quais são as mais dolorosas.
A protecção de nada serve para atingir a plenitude. Mas sim passar pelas dores da vida a torna forte e só assim conquista a tão desejada plenitude.
"Quando alguém viu a borboleta nascer e tentou ajudá-la a sair do casulo, verificou que as suas asas ficaram frágeis e ela acabou por morrer".
A alegria de toda a protecção que me rodeou durante muitos anos, deu-me outras desventuras piores que se tivesse que percorrer os trilhos da vida sem a tão confortável ajuda e protecção.
Mas mais tarde quando deixaram de segurar as minhas asas e tive que sair do casulo sozinha, consegui ver o outro lado da vida. Aquele lado doloroso de crescimento. Pode-se dizer que é um estagio doloroso versus prazeroso, pois conquista-se um outro lado da vida que é o espaço único que só a nós nos pertence. E nesse espaço temos o livre arbítrio para sermos então seres completos. Com todas as alegrias e tristezas próprias desta vida.
Pode-se assim dizer que as dores do crescimento são como as rosas que têm uns pequenos espinhos mas em compensação têm formas e aromas gigantescos que são as delicias da natureza.

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