17 de maio de 2011

Sonhos de uma Juventude



De novo o palco da vida se abriu para receber uma peça maravilhosa, à qual procurei atribuir o majestoso nome de “Simplicidade”.
Prevalecia a tempo inteiro a pureza das almas no saudável confronto de gerações.
Uma paz profunda envolveu seres lindos na maioria desconhecidos aos meus olhos, mas não menos importantes ao pulsar do meu coração.
Nesta aliança de almas distantes prevalecia uma juventude desmedida e contagiante a contrastar com a geração adulta, uma criança e um ser de idade bastante avançada, mas não menos jovem, pela sua vontade colossal de viver e desfrutar da alegria ao seu invulgar jeito. Meu ser se fundiu com todas estas riquíssimas energias, possibilitando elevar-me energicamente, substituindo os anos que vivi até hoje pela sensação de rejuvenescer com eles. Me igualei em tempo de vida, alegria de viver e força de saborear toda a felicidade contagiante com a intensidade máxima, como a coloquei. Tal e qual como a quis oferecer à pessoa de elevado valor humano, à qual fiz uma pequena homenagem que permitiu dar a conhecer a sua magnitude.
Um ser único de mérito humano que a vida presenteou com virtudes de louvável perfeição. Valores tão raros e influentes que só quem rebusca em si a sensibilidade pura os consegue focar, permitindo olhá-los com a mesma intensidade da sua criação.
Um dia de muitas vidas muitos sentimentos e emoções vieram à tona. Um mar de sensações humanas que ambiciono a todo o custo converter na forma de palavras com a garantia de expor para que outra visão compreenda o quanto tudo é intenso quando nos conectamos às coisas mais simples e profundas da vida. Mas a minha dificuldade é imensa, busco e rebusco página a página, linha a linha do meu dicionário de sentimentos e sinto-me derrotada com a pequenez das palavras que esperam por mim.
Tudo o que transcrevo para este pedaço de papel desfaz-se em cima da areia molhada, transformando-o na força das ondas. Palavras escritas onde o vento abraça o calor do astro sol e as varre, demonstrando o quão frágeis e diminuídas são comparadas com a riqueza de valor das emoções humanas que compõem esta peça de teatro.
Obra genuína, contada na primeira pessoa, criando não uma história de principio e fim, mas o inicio de uma jornada de imensa felicidade, tão própria desta juventude, a quem a geração seguinte teima em desvalorizar, como se no seu tempo fosse o exemplo de algo de valor elevado e não prevalecessem os sonhos, amores, desamores, vontade de explorar o desconhecido e vivido com intensidade altruísta.
Vivi e renasci com eles, a alegria me contagiou a ponto de passar a fazer parte integrante de mim, me identifico totalmente, olho e me revejo na pessoa homenageada. Talvez por isso o entendo tanto, talvez por isso o vi como mais ninguém via. Presentemente tenho o privilégio de colher os frutos do amor de uma vida inteira onde o tempo permitiu criar laços de cumplicidade cada vez maiores. A timidez e reserva das palavras era suprida pela comunicação através da profundeza da troca de olhares que só entendia quem se encontrava na mesma sintonia de crescimento humano.
Hoje, os outros vieram, um a um, se aproximaram e conseguiram ver, conquistar e até verbalizar tudo o que sempre vi e revivi dentro de mim.
Simplicidade pura, prova mais que nunca a minha maior condição humana que sobrevaloriza o valor da simplicidade pela simplicidade. Impedindo que a poluição das palavras jogadas fora ao acaso não deixem levar com elas a grandeza dos sentimentos mais soberbos.
Viva a juventude e a capacidade de alimentarmos e revivermos todas as emoções próprias desses anos áureos perpetuamente.

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